segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Análise da qualidade da água 2015

A SOS Mata Atlântica divulga um levantamento com a análise da qualidade da água em 301 pontos de coleta situados em 111 rios, córregos e lagos de 5 estados brasileiros e o Distrito Federal – o mais amplo até hoje coordenado pela Fundação.

Confira os dados:

  • Dados gerais (todos os estados) – resultados de todos os municípios, pontos de coletas e porcentagem dos Índices de Qualidade da Água: ACESSE.
  • Dados do estado de São Paulo – resultados dos municípios e pontos de coletas em SP e porcentagem dos Índices de Qualidade da Água no estado: ACESSE.
  • Comparativo do estado de São Paulo – comparativo dos resultados 2014 e 2015 dos pontos de coletas no estado de SP: ACESSE.
  • Dados do estado do Rio de Janeiro – resultados dos municípios e pontos de coletas no RJ e porcentagem dos Índices de Qualidade da Água no estado: ACESSE.
  • Dados da cidade de São Paulo – resultados dos pontos de coleta na capital, porcentagem dos Índices de Qualidade da Água e comparativo 2014-2015:  ACESSE.
  • Dados da cidade do Rio de Janeiro – resultados dos pontos de coleta na capital, Índices de Qualidade da Água e comparativo 2014-2015:  ACESSE.

Confira abaixo o press-release de divulgação:

SOS Mata Atlântica divulga dados sobre a situação da qualidade da água de 111 rios do país
Análise em 301 pontos de coleta em 6 estados, com ênfase em São Paulo e Rio de Janeiro, aponta 23,3% com água de qualidade ruim ou péssima. Poluição diminui ainda mais a oferta de água para consumo da população.
Um levantamento com a medição da qualidade da água em 111 rios, córregos e lagos de 5 estados brasileiros e o Distrito Federal – o mais amplo até hoje coordenado pela Fundação SOS Mata Atlântica – revela que 23,3% apresentam qualidade ruim ou péssima. Os dados, divulgados na semana em que se celebra o Dia da Água (22 de março), foram coletados entre março de 2014 e fevereiro de 2015, em 301 pontos de coleta distribuídos em 45 municípios. A análise inclui o monitoramento realizado em 25 rios da cidade de São Paulo e 12 da cidade do Rio de Janeiro. A situação é preocupante, visto que a poluição diminui ainda mais a oferta de água para consumo da população.
A lista completa de rios e pontos avaliados está disponível no link http://bit.ly/Agua2015. Dos resultados medidos, 186 pontos (61,8%) apresentaram qualidade da água considerada regular, 65 (21,6%) foram classificados como ruins e 5 (1,7%) apresentaram situação péssima. Apenas 45 (15%) dos rios e mananciais mostraram boa qualidade – aqueles localizados em áreas protegidas e que contam com matas ciliares preservadas. Nenhum dos pontos analisados foi avaliado como ótimo.
No Estado de São Paulo, dos 117 pontos monitorados, 5 (4,3%) registraram qualidade de água boa; 61 (52,1%) foram avaliados com qualidade regular, enquanto que 46 (39,3%) estão em situação ruim e 5 (4,3%) péssima. Já entre os 175 pontos analisados nos municípios do Rio de Janeiro, 39 apresentaram água boa (22,3%), a maioria (120 pontos) está em situação regular (68,6%), e 16 tiveram índice ruim (9,1%).
Na cidade do Rio de Janeiro, os indicadores aferidos revelam uma piora na qualidade da água. Dos 15 pontos em que a coleta foi realizada na área urbana, somente 5 (33,3%) apresentaram qualidade regular e os outros 10 pontos (66,7%) registraram qualidade ruim. Em 2014, 9 pontos tinham qualidade regular (60%) e 6 ruim (40%). Nenhum dos pontos analisados apresentou qualidade boa ou ótima.
“Esses indicadores revelam a precária condição ambiental dos rios urbanos monitorados e, somados aos impactos da seca, reforçam a necessidade urgente de investimentos em saneamento básico. A falta da água na região sudeste é agravada pela indisponibilidade decorrente da poluição e não apenas da falta de chuvas. Rios enquadrados nos índices ruim e péssimo não podem ser utilizados para abastecimento humano e produção de alimentos, diminuindo bastante a oferta de água”, alerta Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica.
Outros quatros estados tiveram rios e córregos analisados neste levantamento. Em Minas Gerais, o rio Jequitinhonha, na altura do município de Almenara, apresentou situação regular. Já o rio Mutum, na cidade de Mutum, e o córrego São José, em Bicas, estão em situação ruim. No Rio Grande do Sul, foram analisados a Lagoa do Peixe (qualidade boa), Rio Tramandaí (regular) e Lago Guaíba, na altura da Barra do Ribeiro (ruim). Em Brasília, a análise de dois pontos do Córrego do Urubu apresentou qualidade regular. Já em Santa Catarina, o Rio Mãe Luiza, na cidade de Forquilhinha, está em situação regular.
Comparativo 2014-2015
Na comparação com os pontos coletados no levantamento anterior, realizado pela SOS Mata Atlântica no período de março de 2013 a fevereiro de 2014, a cidade do Rio de Janeiro (veja abaixo), que teve 15 pontos analisados no último levantamento, apresentou aumento de amostras com qualidade ruim, de 40% para 66,7%. São Paulo, por outro lado, reduziu de 74,9% para 44,3% o número de pontos de coleta com qualidade ruim ou péssima, apresentando alta de 25% para 55,4% as amostras com qualidade regular ou boa.
Proposta SOS Mata Atlântica 2015